ÔNIX – Campo Eletromagnético – A academia do futuro!

escrito por Profa Dra Estela Sant’Ana

As correntes elétricas e o eletromagnetismo têm sido utilizados em fisioterapia e reabilitação, especialmente para o fortalecimento muscular. Ao contrário das correntes elétricas, os campos eletromagnéticos não apresentam os problemas de dor e queimaduras como as correntes elétricas, sendo significativamente mais confortável para o paciente. O ONIX – Campo eletromagnético (ONIX-CE) faz parte de um grupo de dispositivos de campo eletromagnético focado de alta intensidade que representam a mais recente classe de tecnologias desenvolvidas para fortalecimento e modelagem muscular aplicadas à saúde-estética.

O conceito de indução eletromagnética primeiro descrito por Faraday em 1831 e descreve que, uma bobina de fio gera um intenso campo magnético alternado, que consequentemente induz uma corrente elétrica secundária na base tecido onde interage com os neurônios. A lei de Faraday-Neumann-Lenz, ou lei da indução de Faraday, é uma das equações básicas do eletromagnetismo. Expressões matemáticas descrevem e predizem como o campo magnético interage com o campo elétrico e, como resultado, a interação dessas forças produz outra força chamada força eletromotriz: a indução eletromagnética. Os campos eletromagnéticos são compostos por campos elétricos e magnéticos sendo os campos elétricos resultantes de cargas elétricas, medidas em volts por metro (V/m) e os campos magnéticos surgem do movimento dessas cargas elétricas e são medidos em tesla (T) ou em gauss (G; 10.000 G= 1 T). Enquanto os campos elétricos são protegidos por madeira e metal, os campos magnéticos passam facilmente pelos materiais mais comuns, incluindo os tecidos biológicos como a pele.

No uso da tecnologia ONIX-CE para modelagem muscular, a bobina magnética da peça de mão gera uma corrente elétrica secundária que, quando liberada no tecido despolariza os nervos motores, resultando em contrações musculares. A intensidade do campo magnético fornecida é de até 2,5 Tesla e gera uma infinidade de contrações musculares extremamente densas e involuntárias. Os curtos intervalos de tempo entre os estímulos (300µs) e frequências maiores entre 10-150 Hz induzem contração tetânica supramáxima conforme demostrado na figura 1. Quanto maior a intensidade, maior densidade da contração muscular.

Figura 1. Contrações tetânicas supramáxima e submáximas.

A tecnologia ONIX-CE produz energia de forma focalizada e está indicada para estimulação do tecido neuromuscular de grandes massas musculares como o das pernas, panturrilha e/ou braços, melhora do tônus e definição abdominal; fortalecimento, tonificação e firmeza das nádegas, coxas e panturrilhas; e melhora do tônus do assoalho pélvico. A energia eletromagnética liberada pelo ONIX-CE afeta somente o músculo esquelético, não o músculo liso e desencadeia contrações supramáximas – contrações que são maiores do que qualquer indivíduo poderia fazer de forma voluntária. Na verdade, faz com que todo o grupo muscular esquelético se contraia simultaneamente na área tratada. Por exemplo, quando a energia é aplicada no abdome, o reto abdominal, o transverso do abdome e os oblíquos se contraem todos ao mesmo tempo, sendo indicado inclusive para o tratamento da diástase dos retos que ocorre após a gravidez. O ONIX-CT pode produzir de 20 a 36 mil contrações musculares em 30 min. As  3 fases de programação independentes facilitam a programação e a personalização dos protocolos de tratamento.

Figura 2. Áreas mais comumente tratadas com o ONIX-CE.

O músculo não tem tempo para relaxar entre os 2 estímulos consecutivos e fica exposto à condição extrema, que desencadeia uma resposta de estresse no tecido. A energia para suprir as contrações é retirada das células de gordura presumivelmente por meio da lipólise. O mesmo efeito, quando os músculos começam a utilizar a lipólise como fonte de energia, já foi observado durante o exercício intenso de resistência aguda. Além disso, quando exposto regularmente a essas condições, o músculo precisa se adaptar a elas, o que leva a um crescimento volumétrico do músculo (hipertrofia) e possivelmente hiperplasia.

As contrações supramáximas induzem microlesões que desencadeiam o crescimento muscular. As pesquisas até o momento indicam que os pacientes tratados com essa tecnologia apresentam aproximadamente 16% de hipertrofia (espessamento muscular) e 7% de hiperplasia (aumento das fibras musculares), incluindo 19% – 23% de espessamento muscular abdominal, redução de 10% – 11% na diástase abdominal e 11% de aumento no volume total de todos os músculos glúteos. Melhorias mensuráveis foram observadas preservadas entre 6 –12 meses após os tratamentos.

Referências

Alexiades, Macrene. 2019. “High Intensity Focused Electromagnetic Field (HIFEM) Devices in Dermatology“.” Journal of drugs in dermatology: JDD 18(11): 1088.

Goldberg, David J. et al. 2021. “The Role and Clinical Benefits of High-Intensity Focused Electromagnetic Devices for Non-Invasive Lipolysis and beyond: A Narrative Review and Position Paper.” Journal of Cosmetic Dermatology 20(7): 2096–2101.

Hammerschlag, Richard et al. 2015. “Biofield Physiology: A Framework for an Emerging Discipline.” Global Advances in Health and Medicine 4(suppl): 35–41.

Mazzoni, Daniel, Matthew J. Lin, Danielle P. Dubin, and Hooman Khorasani. 2019. “Review of Non-Invasive Body Contouring Devices for Fat Reduction, Skin Tightening and Muscle Definition.” Australasian Journal of Dermatology 60(4): 278–83.

Parceria Ciência & Estética e Grupo Fismatek 

www.cienciaeestética.com.br

Escrito por Profa Dra Estela Sant’Ana

https://www.instagram.com/draestelasantana/

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